Dentre os problemas estomacais mais comuns e mais dolorosos encontra-se a gastrite, que acomete milhões de pessoas no país.
Normalmente, as pessoas associam a ela a sensação de dor, mas existem outros indícios dessa doença, como a azia.
Infelizmente, a gastrite é uma condição que pode ser crônica e que, se não for devidamente tratada, pode gerar até mesmo uma úlcera estomacal, algo bem mais grave.
Um dos maiores problemas de quem tem gastrite é consumir alimentos que fazem com que o seu quadro piore, sem contar que muitas passaram a ter essa doença justamente pela má alimentação.
Portanto, aqui estão mais informações sobre a gastrite e sobre o que se deve evitar ao cuidar dela.
Entendendo a gastrite
Para que o estômago consiga “destruir” todas as coisas que são consumidas na alimentação, existe algo que se chama suco gástrico. Trata-se de uma substâncias bastante ácida que consegue “derreter” os alimentos e processar a sua digestão.
Entretanto, quando esse suco gástrico fica excessivo, ele começa a afetar também as paredes do estômago, que são revestidas de uma mucosa, quase como a mucosa bucal.
Quem consome salgadinhos muito fortes, por exemplo, percebe que a mucosa da boca fica irritada e é o mesmo que acontece com o estômago quando se tem suco gástrico em excesso.
Essa é a definição de gastrite: o muco estomacal começa a se inflamar por causa do contato com o suco gástrico, ocorrendo dor e outros incômodos, como enjoo.
Como dito, à medida em que a gastrite não é devidamente acompanhada, esse suco gástrico vai “agredindo” cada vez mais a parede do estômago até que se forme uma ferida, que é chamada de úlcera.
Quais são os principais sinais da existência de gastrite?
Como dito, é normal que as pessoas achem que a gastrite se manifesta apenas pela dor no estômago e, em alguns casos, pelo enjoo. Entretanto, há diversos outros sintomas, como:
- Coloração mais escura das fezes (pode ocorrer presença de sangue)
- Azia
- Estufamento ou “estômago pesado”, mesmo estando em jejum
- Vômito (especialmente se for com sangue)
É comum ainda que os pacientes que têm gastrite acabem perdendo a vontade de comer porque associam a comida ao mal-estar.
O que não se deve comer tendo gastrite?
A alimentação é um dos principais pontos para que a gastrite seja controlada e, mais do que isso, para que ela seja evitada. Afinal, há alimentos que agridem ainda mais a mucosa do estômago e aqui estão aqueles que devem ser drasticamente diminuídos:
- Chocolate
- Café
- Enlatados (mesmo que seja milho e legumes assim)
- Bebidas alcoólicas
- Derivados do leite (além do leite em si)
- Chá matte
- Refrigerante
- Embutidos (como mortadela, rosbife, presunto, salsicha)
- Pimenta
- Sal em excesso
- Frituras
É claro que a dieta deve ser mais rigorosa quando o paciente está com uma crise aguda de gastrite. Depois, conforme a crise é contornada e o paciente usa medicação contínua, esses alimentos podem ser consumidos, mas de maneira moderada.
Quem comeu um chocolate não pode tomar bebida alcoólica no mesmo dia, por exemplo, pois pode ter uma crise gástrica severa.
Como ocorre o diagnóstico da gastrite
Quem precisa determinar se o problema do paciente é gastrite mesmo ou não é o gastroenterologista. De forma geral, ele ouve os incômodos do paciente, verifica o seu histórico familiar e, por meio disso, pode indicar se há maior ou menor probabilidade de ser gastrite.
Contudo, apenas por meio de exames, como a endoscopia, é que se pode fazer a confirmação e iniciar um tratamento adequado.
Para quem nunca fez uma endoscopia, é algo fácil: a clínica ministra uma anestesia geral para que seja introduzida uma câmera pela garganta do paciente, chegando até seu estômago.
É importante que as pessoas que vão fazer endoscopia avisem aos médicos se houver qualquer alergia a medicamentos, como os anestésicos.
Quais são as causas da gastrite?
A principal razão pela qual alguém desenvolve gastrite é a má alimentação. Alguém que consome muita pimenta ou que bebe uma garrafa inteira de café todos os dias é um grande candidato a ter esse problema estomacal.
Além disso, aqueles que ficam muitas horas em jejum também têm maiores riscos de desenvolver gastrite: uma vez que não há alimentos para o suco gástrico dissolver, ele começa a fazer isso com a parede do estômago.
O estresse também é um elemento que agrava e que causa a gastrite, havendo até um tipo que é especialmente ligado ao estado emocional: é a gastrite nervosa. Ela costuma atacar quando o indivíduo está passando por muto estresse ou por muita ansiedade.
No geral, a gastrite é resolvida com a mudança na alimentação, sem contar que um medicamento chamado omeprazol também costuma ser prescrito. A sua função é criar uma camada no estômago para que o suco gástrico não atinja a mucosa.
