Não há dúvida de que as dores de cabeça estão dentre os incômodos que mais limitam a vida das pessoas, especialmente quando se tem crises que duram por um tempo considerável.
A dor de cabeça afeta o rendimento no trabalho, o aprendizado, a vida social e até os relacionamentos. Sendo assim, é importante conhecer quais são os tipos de dor de cabeça e como cada um deles pode ser evitado.
Com isso, é possível aos pacientes reduzir as crises e ter de novo a qualidade de vida que a cefaleia os tomou.
Cefaleia tensional
A cefaleia tensional é um dos tipos mais populares de dor de cabeça e pode ser chamada também de dor de cabeça por estresse.
Dependendo do tempo que a pessoa fica trabalhando ou do seu nível de estresse, um músculo chamado trapézio, que está nas costas, acaba ficando duro demais.
Como consequência, ele contrai os nervos que chegam até a cabeça e ocorre a cefaleia. Sendo assim, a dor se origina, na verdade, no músculo das costas.
- Como evita-la
É importante que as pessoas façam pausas adequadas quando ficam em frente ao computador ou mesmo escrevendo. Essas pausas devem ocorrer uma vez a cada hora e recomenda-se alongar os braços nesse momento.
Também é indicado reduzir o quanto for possível o estresse ou extravasá-lo por meio de momentos de relaxamento.
Enxaqueca
As pessoas que já tiveram alguma crise severa de enxaqueca sabem o quanto isso acaba com o dia. Aliás, há pacientes que têm várias crises na mesma semana e até que ficam dias com a enxaqueca, faltando até ao trabalho.
Normalmente, as causas da enxaqueca incluem o estresse e problemas hormonais. Acometendo principalmente as mulheres, essa forma de dor de cabeça é uma das mais fortes e é comum que o paciente acabe apresentando até vômito.
De acordo com o que descrevem as pessoas que têm enxaqueca, a sensação é que uma parte da sua cabeça fica pulsando. Contudo, há quem tenha a enxaqueca apenas na testa.
- Como evita-la
Pessoas que têm crises severas de enxaqueca ou cujos episódios são recorrentes precisam ter medicação de controle prescrita por um neurologista.
Caso fique comprovado que a razão das crises é hormonal, também se indica fazer acompanhamento com um endocrinologista ou com um ginecologista. Se o paciente for um homem, o acompanhamento deve ser com um urologista.
Mais uma vez, a redução do estresse aparece como uma das maneiras de se evitar a ocorrência da enxaqueca.
Cefaleia em salvas
Essa é uma dor de cabeça bem interessante porque costuma acometer apenas um lado, além de fazer com que a pálpebra fique caída. Alguns pacientes relatam dificuldade para respirar pelo nariz quando se tem um episódio de cefaleia em salvas.
No entanto, o que seria isso? Trata-se de uma dor de cabeça específica de quem consome bebidas alcoólicas ou fuma, mas não se deve confundir com ressaca.
Muitas vezes, a pessoa apresenta essa cefaleia em salvas dias depois de ter bebido ou de ter fumado, mesmo que seja um cigarro eletrônico ou o famoso narguilé.
- Como evita-la
Certamente, a melhor maneira de evitar esse tipo de cefaleia específica é reduzir a bebida alcoólica e também não fumar.
No caso de os episódios de cefaleia em salvas continuarem mesmo assim, é importante fazer uma consulta com um neurologista. Ele pode indicar uma tomografia ou uma ressonância magnética para buscar possíveis outras causas para a condição.
Cefaleia cervicogênica
Muitas vezes, pessoas que têm alguma torcicolo acabam se queixando posteriormente de dor de cabeça e trata-se dessa forma de cefaleia. A razão é que a contração do pescoço faz com que os nervos da cabeça também sejam afetados.
Dessa forma, aparece a cefaleia cervicogênica, que não tende a ser grave, mas que pode gerar bastante incômodo no paciente.
- Como evita-la
Movimentar o pescoço com cuidado para não ocorrer torcicolos e evitar ficar muito tempo na mesma posição são algumas das coisas que evitam essa forma de dor de cabeça.
Vale a pena tomar medicação por conta própria?
É bastante normal que as pessoas que têm dores de cabeça consumam algum analgésico por conta própria e, se isso não for algo costumaz, não existem grandes problemas.
O que se torna perigoso é quando a dor de cabeça retorna com muita frequência ou quando são necessários vários analgésicos para que ela ceda: nesses casos, pode ser preciso usar uma medicação específica e apenas o neurologista pode prescreve-la.
Cabe reforçar que usar analgésicos demais pode causar vícios, sobrecarregar o fígado e causar ainda outros tipos de efeitos colaterais.
Além disso, certos pacientes não podem usar todo analgésico, correndo risco sério de choque anafilático. É o caso dos asmáticos, para quem o ibuprofeno não é muito indicado, por exemplo.
Assim, deve-se sempre informar qualquer condição ao neurologista.