O que é a doença microcefalia?
Microcefalia é muito falada ultimamente por causa do mosquito Zika vírus, mas você sabia que a microcefalia também pode ser causada por outros fatores?
É uma condição rara, apesar de muito vista nos dias de hoje, em que o bebê nasce com seu crânio de um tamanho menor que o normal para os bebês e é associada à deficiência mental.
Esta deficiência acontece porque os ossos da cabeça se unem muito cedo impedindo que o cérebro cresça normalmente.
Uma criança com microcefalia pode e vai precisar de cuidados pelo resto da vida, mas isso não significa o fim. Muitas mães estão driblando a doença e criando seus filhos com muita qualidade de vida.
Isso porque depende das partes do cérebro que forem desenvolvidas ao longo do crescimento da criança. A microcefalia é diagnosticada quando a criança com 1 ano e 3 meses tem a cabeça menor que 42 centímetros, mas se o perímetro da cabeça for menor ou igual a 32 centímetros já é considerado microcefalia, diz Organização mundial de saúde.
Causas da microcefalia
Na grande maioria dos casos, o que causa microcefalia são as infecções adquiridas pela gestante em especial nos primeiros três meses de gravidez. Este período é quando o cérebro do bebê ainda está em formação.
Outras causas são atribuídas à rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus. Mas a lista não para por aí. Temos também o abuso de álcool e drogas, e ainda a síndrome de Down.
Veja as possíveis causas da doença microcefalia abaixo:
- Toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus;
- Abusar de álcool ou drogas na gestação;
- Infecção da gestante pelo Zika vírus;
- O consumo de cocaína e heroína;
- Síndrome de Rett;
- Envenenamento por mercúrio ou por cobre;
- Meningite ou desnutrição;
- HIV na mãe;
- Doenças metabólicas na gestante como a fenilcetonúria;
- Exposição a algum tipo de radiação;
- Uso de medicamentos contra: epilepsia, hepatite, câncer no primeiro trimestre da gravidez.
Outras causas ainda não comprovadas para a microcefalia são: dengue e chikungunya. Mas a microcefalia também pode ser uma doença genética para aqueles bebês que possuem síndrome de Down, síndrome de West e síndrome de Edwards.
Tratamento da Microcefalia
O tratamento antes de tudo passa pelo diagnóstico da doença. Este diagnóstico pode ser dado na gestação, com exames de pré-natal, e pode haver confirmação logo após o parto através da medição da cabecinha do bebê.
Outro exame que também é válido é o exame de tomografia computadorizada ou ainda a ressonância magnética cerebral.
A doença infelizmente não tem cura, mas possui tratamento para reduzir os impactos da mesma no crescimento da criança.
Um dos tratamentos feitos atualmente é uma cirurgia para separação dos ossos cranianos, isso nos 2 primeiros meses de vida, diz o site Tua Saúde.
Um agravamento da doença seria se a criança além da microcefalia tivesse hidrocefalia. Nestes casos o tratamento seria a colocação de um dreno para sugar este líquido da cabeça do infante.
Mas para a manutenção da qualidade de vida da criança pode ser necessário o uso de medicamentos prescritos por médicos pediatras que ajudam a diminuir espasmos e melhoram a tensão dos músculos.
Outra coisa que pode ser feita é fisioterapia. Isso mesmo: fisioterapia. Ela ajuda no desenvolvimento da criança tanto mental quanto físico e por isso os resultados com a fisioterapia são bem melhores do que sem ela.
Uma novidade que a medicina está trazendo é o uso do Botox em músculos de braços e pernas com vistas a diminuir a contração dos músculos. Mas isso junto com o uso da fisioterapia. Você também pode procurar por um neurologista para acompanhar o seu bebê ou ainda o pediatra, mas outras especialidades também serão requeridas para complementar o tratamento da doença.
O ministério da saúde está agora incorporando como tratamento para a microcefalia um medicamento chamado Levetiracetam que melhora as convulsões devido às anomalias causadas pelo Zika vírus.
Muito se tem estudado aqui no Brasil e fora sobre a microcefalia causada por diversos motivos, mas uma atenção maior está sendo dada às mães vítimas do Zika vírus.
Consequência da doença
Você sabe quais são as consequências para um portador de microcefalia? Infelizmente a criança apresenta atraso mental, déficit intelectual, alguma paralisia, convulsões, epilepsia, em alguns casos autismo, rigidez nos músculos chamada de espasticidade.
Não há um tratamento específico para a microcefalia, o que ocorre é o tratamento dos sintomas a cada caso. Mais uma vez é super importante que a criança faça fisioterapia por toda a vida justamente para melhorar a sua qualidade de vida e reduzir os efeitos da doença.
Há algumas recomendações para as mamães de filhos portadores desta doença que são:
- Não usem medicamentos não prescritos por médicos durante a gestação;
- Fazer o pré-natal é muito importante;
- Relatar ao profissional de saúde qualquer alteração na gravidez;
- Usar repelente durante toda a gravidez;
- Usar roupas fechadas que previnam a picada do mosquito;
A doença não é o fim, pois pode ser tratada por médicos especializados ao longo da vida da criança até sua fase mais adulta. Em alguns casos o adulto com microcefalia possui algum tipo de independência, mas vai depender de cada caso.
Quando se tem doenças agravantes como alguma síndrome já instalada deve-se procurar por diagnóstico contra a microcefalia também.
Veja a lista de doenças agravantes aqui em baixo:
- Síndrome de Down;
- Síndrome de Cornelia de Lange;
- Síndrome de Cri du Chat;
- Síndrome de Rubinstein- Taybi;
- Síndrome de Seckel;
- Síndrome de Smith-Lemli-Opitz;
- Síndrome de Edwards.
O que deve ser feito pela mamãe é procurar por prevenção quando a causa da doença for o mosquito Zika e nos demais casos procurar por informação mais pormenorizada com médicos da área – como dissemos pediatras, clínico geral, neurologista, neurologista infantil e demais médicos coadjuvantes.
É preciso que você também atente para o uso de álcool e drogas na gravidez, bem como o uso de cigarros e afins. Tente ter uma gravidez livre destes ricos para que possa ter um bebê mais saudável possível.
A convivência com a doença é melhor possível quando há acompanhamento médico. Mas mesmo que você mamãe se sinta culpada pela doença do bebê, fique tranquila, pois em relação a tratamento o Brasil está entre um dos primeiros países que promovem o tratamento correto e acompanhamento.
O que você pode fazer é se cuidar ao máximo durante toda gestação e se prevenir com relação aos ataques do Zika vírus. Doenças de cunho genético agravantes da microcefalia devem ser observada logo nos primeiros meses de gestação, por isso o pré-natal é obrigatório.
Evite também o contato com pessoas que estão com febres e infecções, já que qualquer infecção mais grave pode alterar o desenvolvimento normal do feto. Por isso é importante se prevenir contra doenças em geral.
No mais fique atento à prevenção, procure um médico especialista sempre que tiver dúvidas e viva uma vida o mais tranquila possível. Crianças com microcefalia demandam cuidados, mas com o tratamento correto tudo acaba tendo jeito.
A orientação médica ajuda e muito assim como o pré-natal. Busque por informação nas fontes corretas e sempre vá ao fisioterapeuta, já que ele pode e vai melhorar em muito a qualidade de vida do seu bebê.