O que é Burnout?

Há algumas décadas, as discussões sobre a saúde mental eram mais escassas e, por causa disso, diversas condições também não eram conhecidas. Uma delas é a Síndrome de Burnout, que está cada vez mais comum.

Antigamente, as pessoas costumavam achar que o cansaço excessivo, especialmente devido ao trabalho, não merecia tanta atenção. Agora, os terapeutas estão lidando com um aumento enorme na quantidade de pessoas com crises de estresse.

Conheça neste texto do que se trata o Burnout, como ele pode ser identificado e como ele afeta não somente o desempenho no trabalho, mas a vida como um todo.

Entendendo a Síndrome de Burnout

Primeiramente, o nome Burnout não é por acaso: se for separado em “burn out”, tem o significado de queimar. De fato, é como se o estresse e o esgotamento atingissem tanto o paciente que o “queimam”.

Essa é uma condição psiquiátrica e psicológica causada por um excesso de atividades, geralmente profissionais. Ela ocorre quando o paciente tem muitas responsabilidades simultâneas e o cansaço físico devido a elas, associado à preocupação, acaba causando um esgotamento.

Há algum tempo, muitos chamavam o Burnout de “estafa” e, de fato, dá para fazer uma associação entre  essas duas situações de esgotamento.

Quais são os principais indícios de Burnout?

Normalmente, as pessoas que estão em meio ao Burnout têm alguns tipos específicos de sintomas, incluindo:

  • Dor de cabeça

Devido justamente ao estresse e ao cansaço, é comum que esses pacientes tenham dor de cabeça muitas vezes.

  • Problemas para se concentrar

Podem ser decorrentes da consciência de que há muitas coisas a se realizar e da preocupação com todas elas, mesmo quando se está fora do trabalho.

  • Impressão de não ser competente

Normalmente, com muitas tarefas sendo assumidas, é claro que não se pode lidar com todas e a sensação é de que a pessoa é incompetente.

  • Pressão alta

Um dos principais problemas físicos decorrentes do estresse.

  • Problemas gastrointestinais

Também são muito comuns quando se tem problemas emocionais.

  • Cansaço mental

Muitas vezes, quem tem Burnout nem mesmo quer assistir a um filme, pois se sente cansada demais.

  • Negatividade

Mais uma característica comum de quem tem problemas emocionais, o sentimento de que nada vai dar certo costuma dominar quem está com Burnout.

  • Dores musculares

São dores tensionais, como nos ombros.

Vale dizer que pessoas que já têm doenças crônicas ligadas ao estresse, como dermatite atópica, asma e problemas cardíacos podem notar um agravamento dessas condições por causa do Burnout.

Síndrome de Burnout materna

No início, o Burnout era associado apenas ao cansaço decorrente da vida profissional, mas surgiu uma nova categoria: Burnout materno.

Geralmente, diz respeito às mães que estão sobrecarregadas, seja por cuidarem do bebê sem nenhuma rede de apoio, seja por conciliar a vida profissional e os cuidado com os filhos.

Nesses casos, é comum que as mulheres acabem desenvolvendo sintomas bem parecidos com o que é chamado de depressão pós-parto, como:

  • Sensação de incapacidade de cuidar das crianças

Geralmente, as mães com essa condição se sentem tão cansadas que têm até mesmo dificuldade para cuidar de todas as necessidades que as crianças demandam.

  • Falta de vontade de sair da cama

Outra situação bastante comum do Burnout materno é quando a mãe não sente vontade de cuidar dos compromissos do dia.

  • Irritabilidade ou choro

Esses também são dois indicativos de que a mãe não se encontra saudável mensalmente e emocionalmente.

Como identificar o Burnout

Seja o Burnout devido ao trabalho, seja o materno, é muito importante que a pessoa vá e, busca de acompanhamento, assim como se recomenda com todas as condições psiquiátricas e psicológicas.

Isso significa que essa pessoa deve procurar por terapia e, se for necessário, por tratamento medicamentoso oferecido pelos psiquiatras. De forma geral, esse tratamento inclui antidepressivos e ansiolíticos.

Cabe dizer que, eventualmente, a pessoa que tem Burnout deve pensar em maneiras de mudar a sua rotina: pode ser o caso de mudar de trabalho, de trocar de profissão ou de colocar as crianças no ensino integral, por exemplo.

Muitas vezes, apenas o tratamento não é 100% suficiente para que o Burnout seja controlado, sendo preciso uma mudança na organização do dia a dia da pessoa.

A assistência das pessoas próximas é fundamental

Infelizmente, nem todo mundo tem a mesma compreensão de como funciona o esgotamento profissional e há muito preconceito quando se fala em cansaço materno.

Tudo isso costuma fazer com que as pessoas que têm Burnout acabem escondendo isso, sentindo-se culpadas por estarem cansadas quando há tantas outras querendo um emprego ou lutando para engravidar, por exemplo.

Portanto, é primordial que os familiares e os amigos demonstrem compreensão do quadro da pessoa e que não façam julgamentos.

Conforme se combina o tratamento com uma mudança na rotina e o apoio das pessoas mais próximas, o Burnout se torna possível de controlar.