O que é glaucoma?

Nem todo mundo imagina isso, mas os olhos também têm pressão e é necessário que ela seja monitorada. Quando isso não é feito, existe o risco grave de desenvolvimento de uma doença que pode até tirar a visão como um todo: é o glaucoma.

De todos os diagnósticos que os pacientes oculares podem ter, não há dúvida de que o glaucoma é um dos que mais assustam, especificamente pela perspectiva de se perder a visão.

No entanto, é possível conviver com o glaucoma e continuar enxergando bem, desde que se faça um bom acompanhamento.

Entenda mais sobre o que é essa doença lendo este artigo.

Do que se trata o glaucoma?

A estrutura dos olhos que é prejudicada quando se tem glaucoma é o nervo óptico e, conforme ele se deteriora, a visão acaba sendo reduzida. Contudo, o que faz com que esse nervo seja afetado é justamente a alta pressão dentro dos olhos.

Conforme essa pressão aumenta, o nervo vai se deteriorando e o resultado é que ele reduz a capacidade visual, fazendo com que os pacientes enxerguem menos.

Como os oftalmologistas identificam o glaucoma

Há dois exames que são indispensáveis para que os oftalmologistas identifiquem que existe glaucoma: o primeiro é chamado de fundo de olho e o segundo é o de pressão intraocular.

Com o exame do fundo de olho é possível identificar se o nervo óptico está danificado e, com o exame de pressão intraocular, verifica-se se essa pressão está dentro dos níveis normais.

Normalmente, esses são exames que os oftalmologistas fazem dentro do consultório mesmo, sem ser necessário marcar uma segunda visita. No entanto, nem todos os médicos os realizam e é interessante que os pacientes peçam para que o nervo e a pressão sejam avaliados.

Divisões do glaucoma

Algo que os pacientes devem entender é que existem algumas divisões do glaucoma e isso interfere no tratamento. Para saber como se pode estacionar a doença, é importante saber qual é o tipo de glaucoma:

  • Angulo aberto

Considerado crônico, ele demora bem mais tempo para danificar de forma mais grave a visão e, de fato, o seu principal fator causador é a pressão.

  • Secundário

Trata-se de uma espécie de complicação de outros tipos de doenças, como a catarata ou mesmo a diabetes. Assim, pode-se dizer que essas condições podem facilitar o aparecimento de glaucoma secundário.

  • Fechado

Pode ser chamado de agudo também e ele, infelizmente, acontece de maneira bem rápida. Nesse caso, a pressão intraocular não tem grande influência: trata-se mais de uma condição de nascimento da pessoa e que, conforme a idade avança, manifesta-se.

De todos os diagnósticos de glaucoma que se conhece, mais de 80% é decorrente desse tipo específico, que acaba causando cegueira de forma bem mais rápida.

  • Congênito

Esse é o glaucoma que pode ser identificado já nos recém-nascidos e que gera até mesmo uma mudança no formato dos olhos.

Sinais de glaucoma

Os pacientes que têm glaucoma costumam apresentar determinados sinais, como:

  • Dor nos olhos

Geralmente, trata-se do olho no qual a pressão esta mais alta. Vale dizer que não é uma coceira ou um incômodo, mas sim uma dor relativamente forte.

  • Olhos embaçados

Resulta do fato de o nervo óptico estar danificado

  • Dor de cabeça

As disfunções visuais costumam mesmo gerar dor de cabeça e, no caso de quem tem glaucoma, ela acontece na testa.

  • Fotossensibilidade

A pessoa que desenvolve glaucoma sente o seu olho incomodado quando está em ambientes claros.

  • Perda da visão

Normalmente, o que começa a ser perdido é a visão periférica. Contudo, pacientes com glaucoma costumam citar que enxergam pior de uma forma generalizada.

  • Vômitos

Também são decorrentes das disfunções oculares e pode haver apenas náusea.

  • Lacrimação

Essa é uma condição mais comum no glaucoma congênito, mas pacientes com outros tipos também podem apresenta-la.

Como se trata o glaucoma

Geralmente, os médicos optam por dois tipos de tratamento para o glaucoma: o primeiro é a aplicação de colírio especiais que ajudem a regular a pressão intraocular e que protejam o nervo óptico. O segundo é o uso de lentes especiais.

No caso de pessoas que tenham glaucoma secundário, é fundamental  que se cuide da condição que fez com que o glaucoma aparecesse.

Todo mundo que tem glaucoma vai perder a visão?

Essa é uma ideia fatalista demais e a causa de deixar tantos pacientes assustados. Contudo, a verdade é que não são todos os pacientes com glaucoma que vão perder a visão, principalmente se eles fizerem todo o tratamento da forma como o oftalmologista indicar.

Outra coisa que reduz as probabilidades de perda da visão é quando o glaucoma é descoberto de maneira precoce. Inclusive, há pessoas que vivem por muitas décadas e continuam enxergando muito bem mesmo com a doença.

Sem dúvida, o acompanhamento oftalmológico frequente é imprescindível para manter a visão.